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'Desaquecimento' do setor 'à vista'

A despeito do bom momento dos serviços em abril, economistas apontam que o setor deve apresentar 'desaquecimento' no curto prazo.

A perspectiva adversa, segundo eles, estaria relacionada com uma miríade de fatores, com destaque para o impacto negativo das enchentes do Rio Grande do Sul; a menor disponibilidade de recursos decorrentes do pagamento de precatórios, assim como uma demanda mais fraca, por parte das famílias.

Embora admita a relevância do desempenho dos serviços em abril - acima da projeção de 0,3% de sua instituição e de 0,2%, da mediana do mercado - a economista do C6 Bank, Claudia Moreno ressalta a queda de 1,8% no volume de serviços prestados às famílias, o qual considera um importante 'termômetro' de evolução o PIB (Produto Interno Bruto). "Indicadores de alta frequência, como buscas na internet por atividades recreativas, hotéis e restaurantes, estavam exibindo queda acentuada", acrescentou.

Como determinantes para o avanço dos serviços em abril, a economista do C6 Bank aponta a contribuição da categoria transportes, que inclui serviços auxiliares aos transportes e correio, e a de outros serviços, que reúne planos de saúde, atividades imobiliárias, atividades de apoio à agricultura, gestão de resíduos, entre outras áreas.

Já a XP, em relatório, ressalta 'sinais contraditórios' dos serviços, em que três de seus cinco principais segmentos tiveram avanço em abril: "Do lado positivo, os Serviços de Informação e Comunicação mantiveram uma sólida tendência ascendente, com destaque para a recuperação dos Transportes Rodoviários e dos Transportes Aéreos", destacou. (M.S.)