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Planalto 'baixa o tom' e futuros caem

A 'recuada estratégica' protagonizada pelo Planalto, por meio de declarações orquestradas de seus 'fiéis escudeiros ministeriais', em favor da necessidade de um ajuste mais 'sério' nos gastos federais surtiu o efeito esperado, de baixa dos juros futuros, na sessão dessa quinta-feira (13), o que amenizou, pelo menos em parte, o clima pesado que tomou conta do mercado na véspera, pelo 'isolamento' do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a fragorosa derrota política da 'repudiada' MP do PIS/Cofins.

Devido a tais fatores, as taxas futuras passaram a operar 'em linha' com o comportamento de baixa dos Treasuries (títulos do Tesouro do EUA), em decorrência da deflação dos preços no atacado ianques.

Tal tendência foi evidenciada no fechamento dos negócios, em que a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 'encolheu' de 10,720%, na véspera, para 10,645%; a do DI para janeiro de 2026 'derreteu' de 11,32% para 11,23%; a do DI para janeiro de 2027 'despencou' de 11,70%, no ajuste anterior, para 11,60%, ao passo que a do DI para janeiro de 2029 - a chamada 'ponta longa' - marcava 12,03%, ante os 12,12% anteriores.

Tendo iniciado em baixa discreta, no início das negociações, os juros futuros acabaram consolidando a tendência regressiva, reforçada pelo 'alívio' da curva dos Treasuries, apesar do 'desconforto' pelas declarações presidenciais, que lançavam dúvidas sobre a permanência de Haddad à frente da Fazenda.

Já à tarde, mediante a 'avalanche' de discursos em favor do controle de gastos, atingiu o propósito evidente de 'acalmar' o mercado. (M.S.)