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Pela sexta vez seguida, Focus eleva IPCA para 2024

Por Marcello Sigwalt

A exemplo de semanas anteriores, o boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras nacionais - voltou a elevar, pela sexta vez consecutiva, a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano, desta vez, de 3,90% para 3,96%, e mais lentamente para 2025, ao passar de 3,78% para 3,80%. Para 2026 e 2027, foram mantidas as estimativas de 3,60% e 3,50%, respectivamente.

Em contraste com o avanço da carestia, a expectativa da banca em relação à economia seguiu caminho contrário, com recuo, de 2,09% para 2,08%, do PIB (Produto Interno Bruto) para 2024, enquanto que, para o ano seguinte, este continuou em 2,0%, mesmo percentual para 2026 e 2027.

Já a previsão para a Selic (taxa básica de juros) deste ano subiu de 10,25% ao ano para 10,50% ao ano, o que parece 'sepultar' de vez a discussão em torno da continuidade dos cortes do indicador pelo BC. Idêntica variação apresentou o prognóstico para 2025, ao crescer de 9,25% ao ano para 9,50% ao ano.

Em compasso com a 'decolagem' do custo do dinheiro, o dólar manteve a mesma trajetória, ao passar de R$ 5,05 para R$ 5,13 em 2024 e de R$ 5,09 para R$ 5,10, em 2025.

Referência primeira da conta fiscal, o resultado primário deste ano se agravou, indo de -0,70 do PIB para -0,71% do PIB; caiu de -0,67% do PIB para -0,60% do PIB para 2025; mantida em -0,50% do PIB para 2026, mesmo percentual para 2027.

No plano das contas externas, houve declínio, de US$ 82,51 bilhões para US$ 82 bilhões, da previsão de superávit da balança comercial; despencou de US$ 78,0 bilhões para US$ 76,30 bilhões para 2025 e também caiu de US$ 80 bilhões para US$ 78 bilhões, para 2026, além de baixar de US$ 85,50 bilhões para US$ 80,89 bilhões, em 2027.