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Bets 'desbancam' bolsa e renda fixa

Bolsa (renda variável)? Tesouro Direto (renda fixa)? Nada disso, a mais nova 'coqueluche' do brasileiro leva o nome de 'apostas online' ou bets, como é conhecido popularmente, que vem crescendo de forma exponencial no país.

É o que aponta o estudo "Raio X do Investidor Brasileiro" - produzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em conjunto com o instituto de pesquisas Datafolha - segundo qual, somente no ano passado, cerca de 22 milhões de pessoas (correspondente a 14% da população) admitiram ter usado, ao menos uma vez, aplicativos de apostas.

De acordo com a pesquisa, a participação dos bets só não é maior do que o grupo que aplica em poupança (25%), mas é bem superior aos de CDBs (5%); criptomoedas (4%); imóveis (4%); fundos de investimento (4%); planos de previdência privada (2%) e títulos do Tesouro Direto (2%).

Pelo critério de frequência, dentro dessa 'fatia' de 14% dos brasileiros, 3% deles são 'assíduos' nas apostas (5 milhões de pessoas); 5% ocasionalmente (8 milhões) e 6% raramente (10 milhões). Os investidores são os maiores apostadores do contingente (16%) e entre as classes A/B (17%) e C (15%).

Por faixa etária, a maior apostadora é a geração Z (16 a 27 anos), com 29%; seguida dos millennials ou Geração Y (28 a 42 anos em 2023), com 18%. Em contraponto, a geração X (43 a 62 anos em 2023), com 6%, e os boomers (63 anos ou mais), com 4%, são as que menos usam bets. Por gênero, o público masculino é mais presente entre os apostadores (19%), nove pontos percentuais superior ao feminino (10%).