Se somadas, as dez maiores dívidas de empresas em processo de recuperação judicial no país (R$ 141 bilhões), superam o PIB (Produto Interno Bruto) de quase metade dos estados brasileiros, de acordo com levantamento divulgado, nessa quinta-feira (20) pela Quantum Finance, por solicitação do site econômico InfoMoney. O estudo considera somente empresas de capital aberto na B3 (B3SA3), sob regime de recuperação, nos últimos dois anos, e que apresentem números consolidados nos balanços financeiros mais recentes.
Com uma dívida consolida no montante de R$ 50,8 bilhões, a varejista Americanas (AMER3) lidera a lista, seguida da operadora de telecomunicações Oi (OIBR4), com R$ 50,6 bilhões e a concessionária de energia elétrica Light (LIGT3), dona de uma dívida avaliada em R$ 16,7 bilhões.
A título de comparação, as economias de 12 estados brasileiros (45% do total nacional) são inferiores às dez maiores dívidas de companhias atuantes no Brasil, o que inclui o PIB do Amazonas (R$ 131,5 bilhões); e Maranhão (R$ 124,9 bilhões), conforme assinala o vice-presidente do conselho de administração do IBRI (Instituto Brasileiro de Relação com Investidores), André Vasconcellos.
Mesmo que em 2023, houve aceleração das tentativas de renegociação de dívidas das empresas com credores, nos primeiros quatro meses deste ano, um contingente ainda maior de companhias recorreu ao mecanismo de recuperação judicial para evitar a falência.
No acumulado do ano até abril, o número de companhias que solicitaram recuperação judicial no Brasil avançou 80%, ante igual período de 2023. (M.S.)
