Por Marcello Sigwalt
Manifestação de confiança quanto ao futuro econômico no curto e médio prazos, a indústria da construção civil deve continuar investindo na atividade, segundo a pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada, na última sexta-feira (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ao apontar que o índice de intenção de investimento cresceu 0,7 ponto, na passagem de maio para junho, atingindo 46,6 pontos, patamar superior à média histórica, de 37,5 pontos. Tal resultado, porém, continua aquém da margem de 50 pontos, que separa contração de expansão.
Na avaliação da economista da CNI, Paula Verlangeiro, "esse aumento está sendo puxado, principalmente, pelas empresas que atuam com obras de infraestrutura e pode estar relacionado ao novo Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) e às iniciativas de reconstrução do Rio Grande do Sul. É o terceiro aumento consecutivo deste índice este ano".
O avanço do indicador da construção leva em conta o crescimento de dois segmentos em junho, ante maio - 0,2 ponto (edifícios) e 1,8 ponto (obras de infraestrutura) - mas recuo de 2,7 pontos em serviços especializados para construção.
ICEI avança - Já o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria da construção apresentou melhor desempenho, ao subir 1,2 ponto este mês, passando de 51,7 pontos para 52,9 pontos, o que pressupõe confiança maior, disseminada entre os empresários do setor.
Ao mesmo tempo, ainda que acima dos 50 pontos, a maiores dos índices de expectativa para os próximos meses apresentou recuo, com destaque para novos empreendimentos e serviços; compra de insumos e matérias-primas e número de empregados. A única exceção coube à expectativa do nível de atividade, que exibiu leve alta de 0,4 ponto, indo a 53,7 pontos no período.
O nível de atividade da indústria da construção, na passagem de abril para maio caiu 0,5 ponto (47,9 pontos), abaixo do índice de igual mês do ano passado (49,8 pontos) e de 2022 (49,5 pontos). O número de empregados cresceu 0,6 ponto (49 pontos) em maio.
