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Sem 'ruídos', Bolsa garante 5ª alta

A incerta 'trégua' de ruídos políticos das últimas horas foi precificada pelo mercado, nesta segunda-feira (24), quando a bolsa brasileira obteve a quinta alta consecutiva, fechando em 1,07% aos 122.636,96 pontos (giro financeiro de R$ 18,1 bilhões), o maior patamar, desde o último dia 6. Com este resultado, o Ibovespa acumula ganho de 0,44%, atenuando, assim, a perda de 8,61% no ano. Acompanhando o viés de baixa dos DIs futuros, o dólar encerrou a sessão inicial da semana em queda de 1%, cotado a R$ 5,39.

Na avaliação do operador de renda variável da Manchester Investimentos, Gabriel Mota, este foi " mais um dia de recuperação para o Ibovespa, puxado hoje pelos bancos, com o dólar cedendo e os juros futuros caindo também", para quem o desempenho 'tímido' das grandes ações de commodities, como Vale (ON 0,12%), impediram que o Ibovespa fosse mais longe nesta segunda, embora os papéis da Petrobras (ON 1,91%, PN 0,93%) tenham registrado elevações expressivas, num dia marcado pela valorização de 1% das cotações do petróleo Brent (referência mundial) e do WTI (referência ianque), ante o 'enfraquecimento' do dólar em escala planetária.

O operador da Manchester acentua que, apesar da sessão dessa segunda-feira, o mercado mantém a expectativa em torno da repercussão da divulgação, hoje (24), da Ata do Copom, novos dados de inflação no Brasil, amanhã (25) e na sexta (28), da inflação ianque, conjunto de fatores que devem influir diretamente na formação de preços.

Ainda no front doméstico, os negócios refletiram o avanço das previsões do IPCA e da recuperação do PIB. (M.S.)