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FGV: consumidor mantém otimismo

Mesmo ante os prognósticos do mercado financeiro, de aumento da inflação para 2024, e ter observado queda no mês anterior, se mantém o otimismo do consumidor brasileiro, tendo em vista o avanço de 1,9% (para 91,1 pontos) do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em junho, segundo divulgou, nessa segunda-feira (24), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

Tal resultado, porém, não foi suficiente para compensar a perda 4 pontos, verificada em maio.

De acordo com a economista do Ibre/FGV, Anna Carolina Gouveia "os resultados refletem a dificuldade em alcançar níveis mais satisfatórios de confiança e parecem estar vinculados às limitações financeiras das famílias e às taxas de juros elevadas, evidenciada pelos indicadores de situação financeira atual e de intenção de compra de duráveis".

Outro dado relevante diz respeito à melhora da percepção, tanto da situação atual, quanto das expectativas para os próximos meses.

Também melhora apresentou o Índice de Situação Atual (ISA), ao crescer 1,0 ponto e chegar aos 81,6 pontos, patamar equivalente ao maior nível, desde novembro de 2023. Já o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,6 pontos, para 98,1 pontos.

A continuidade do ambiente favorável entre os consumidores não deixa de ser surpreendente, levando em conta que, na semana passada, o Comitê de Política Monetária do Banco Centro (Copom/BC) decidiu, por unanimidae, manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,5% ao ano, decisão que interrompeu o ciclo de sete cortes seguidos do indicador. (M.S.)