Por Marcello Sigwalt
Sexto recorde mensal consecutivo, a arrecadação federal totalizou R$ 202,9 bilhões em maio último, no comparativo anual, o que corresponde a uma alta real (já descontada a inflação) de 10,46%, além de representar a maior arrecadação para este mês, desde o início da série, em 1995, divulgou, nessa terça-feira (25), a Receita Federal. Também houve crescimento real de 8,72% no acumulado de janeiro a maio deste ano, ante igual período de 2023, perfazendo R$ 1,090 trilhão, o maior número da série.
Para o resultado positivo, registrado em maio deste ano, o Fisco apontou o comportamento de 'variáveis macroeconômicas', como destaque para o retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, em decorrência da tributação de fundos exclusivos - que permitiram uma arrecadação adicional de R$ 820 milhões - assim como pela atualização de bens e direitos no exterior, os quais contribuíram para elevar, em 44,82%, a arrecadação do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF), no montante de R$ 7,2 bilhões.
Em contrapartida, a Receita admitiu que perdas de arrecadação decorrentes da decretação de calamidade pública no Rio Grande do Sul determinaram o não recolhimento de R$ 4,4 bilhões, em tributos federais.
Se considerados, em sua totalidade, os recursos administrados pelo Fisco - que abrangem a coleta de impostos de competência da União - estes exibiram crescimento anual de 10,40%, em valor ajustado pela inflação, no montante de R$ 196,7 bilhões. Nos primeiros cinco meses deste ano, o avanço real foi de 8,74%, totalizando R$ 1,035 trilhão.
Com maior peso dos royalties sobre a exploração de petróleo, as receitas administradas por outros órgãos subiram 12,60% em maio, no comparativo anual, perfazendo R$ 6,3 bilhões. No acumulado de janeiro a maio de 2024, a alta real foi de 8,41%, totalizando R$ 54,9 bilhões.