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Após 'alívio', dólar sobe 1,19%: R$ 5,45

Após 'aliviar a pressão' nas duas sessões anteriores, o dólar à vista avançou 1,19% (alta de 3,88% no mês), nessa terça-feira (25), passando à cotação de R$ 5,45, sob o impulso externo, em que a unidade ianque obteve ganhos firmes, antes às demais moedas, invertendo o movimento da véspera, quando os investidores priorizaram ativos de maior risco.

Internamente, a moeda estadunidense foi influenciada pela repercussão em torno da divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC), assim como pelas respectivas declarações de seu diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, principal 'cotado' para substituir Roberto Campos Neto no comando da instituição.

Em movimento inverso, o Ibovespa recuou 0,32% a 122.243,42 pontos (giro financeiro de R$ 13,83 bilhões), em contraste com o ganho de 3% acumulado nas cinco sessões anteriores.

A queda do indicador também foi 'puxada' pela baixa das ações da bluechips Vale do Rio Doce (VALE3), se contar o 'endosso' feito pelo BC à estabilidade da Selic (taxa básica de juros) nos próximos meses.

Ainda sobre o front externo, o dólar teria sido favorecido pelas declarações da diretora do Federal Reserve (Fed) - o bc dos EUA - Michelle Bowman, para quem a taxa de juros ianque deverá permanecer "estável por algum tempo", o que ela considera 'suficiente' para a inflação sob controle, mas sem descartar um novo aumento, se necessário.

"A inflação nos EUA continua elevada, e ainda vejo vários riscos de aumento da inflação que afetam minha perspectiva", completou Michelle. (M.S.)