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CNI: Brasil está 'paralisado' para o futuro

Um país paralisado diante do futuro. O diagnóstico sombrio foi disparado em artigo recente assinado pelo vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente do Conselho de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico da entidade (COPIN), Léo de Castro, para quem "o tempo passa, o mundo avança e o Brasil infelizmente continua paralisado diante de velhos desafios que conhecemos há décadas. Vemos a contradição de um discurso político anunciando um futuro de desenvolvimento e prosperidade, mas na prática não fazemos o necessário dever de casa. Não existe caminho fácil".

Embora emita 'loas' ao potencial tupiniquim para "aproveitar oportunidades na economia mundial, assim como para equilibrar as contas públicas, reduzir juros e ampliar o consumo", Castro é 'fulminante' nas críticas: "A agenda fiscal não deslancha, o ministro Fernando Haddad parece pregar no deserto e dias atrás o presidente da República até admitiu cortar gastos - mas somente a partir do ano que vem. Uma posição absolutamente incompatível com a urgência da nação".

Ao comentar a 62ª colocação do país no ranking global de competitividade, o vice-presidente da CNI não poupa o centro do poder petista: "A inércia de Brasília é um espanto diante desses indicadores. Para melhorar a competitividade do país, além do equilíbrio fiscal e das reformas estruturantes, sabemos também da importância crucial da educação. E o que fazem nossas lideranças? Postergam a implantação de uma reforma fundamental para o desenvolvimento do país, que é o Novo Ensino Médio, aprovado em 2017, no governo Temer". (M.S.)