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Dívida pública sobe 3,1% e atinge R$ 6,912 tri em maio

Por Marcello Sigwalt

A emissão líquida de R$ 146,71 bilhões e a apropriação positiva de juros, no valor de R$ 61,38 bilhões foram os fatores determinantes do crescimento de 3,1% da dívida pública federal em maio ante abril, que chegou a R$ 6,912 trilhões, aponta relatório, divulgado nessa quarta-feira (26), pelo Tesouro Nacional. No mesmo comparativo, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) subiu 3,16%, indo a R$ 6,627 trilhões, ao passo que a dívida pública federal externa (DPFe) teve expansão de 1,77%, para R$ 285,47 bilhões.

Pela composição, segundo o órgão federal, a dívida pública federal, no final do mês passado, correspondia a 22,68% em títulos prefixados; 29,43% a títulos vinculados a índices de preços; 43,78% a papéis com taxas flutuantes e outros 4,11%, referentes a papéis cambiais. Já a emissão líquida de R$ 146,71 bilhões resultou da diferença entre a emissão líquida de DPMFi de R$ 147,33 bilhões e o resgate líquido de R$ 0,62 bilhão da DPFe.

No caso do percentual atingido pelas taxas flutuantes - bem próximo do teto da margem de 44%, estabelecido pelo Plano Anual de Financiamento (PAF) - o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Dias, acentuou que o Tesouro realiza duas revisões do PAF no ano, nos meses de abril de agosto. "A gente vai rever, avaliar a necessidade de revisão do PAF em agosto. Temos tranquilidade para lidar com indicadores e as balizas do PAF rumo aos cumprimentos das metas e dos intervalos no fim do ano", acrescentou.

Mesmo com o avanço da dívida pública, o estudo do Tesouro mostrou que a respectiva reserva de liquidez ('colchão' a ser utilizado para pagamento de compromissos, se necessário) subiu 16,7% (em termos nominais) em maio último, para R$ 1,032 trilhão.