Devido à previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período", em comunicado divulgado nessa sexta-feira (28), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou, pela 1ª vez, em mais de dois anos (abril de 2022), o acionamento da 'bandeira tarifária amarela' no mês de julho, classificação tarifária que indicaria 'condições de energia menos favoráveis' e um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
A autarquia argumentou que "a bandeira amarela foi acionada, em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período". A expectativa da Aneel é de iminente cenário de 'escassez de chuvas', aliado a "um inverno com temperaturas superiores à média histórica do período". Caso isso se confirme, será preciso recorrer às termelétricas, cuja energia é mais cara do que as hidrelétricas.
Segundo projeção da MCM Consultores, a Broadcast Energia divulgou que esse acionamento, no próximo mês, pode elevar em 2,6% a conta de luz, com impacto de 0,10 ponto percentual no IPCA.
Mediante 'condições favoráveis', a bandeira verde (sem aumento da tarifa), havia sido mantida por 26 meses, desde abril de 2022.
Desde 2015, o sistema de bandeiras tarifárias visa indicar aos consumidores os custos de energia no Brasil, para mitigar eventuais impactos orçamentários das distribuidoras de energia. Hoje, os recursos cobrados são transferidos às distribuidoras a cada mês, pela "conta Bandeiras". (M.S.)