Por Marcello Sigwalt
Contabilizando a oitava semana de alta consecutiva, o boletim Focus do Banco Central (BC) voltou a elevar, pela 8ª vez seguida, de 3,98% para 4%, a previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano, o mesmo valendo para 2025 (nona alta seguida), que subiu de 3,85% para 3,87%, o chamado 'horizonte relevante', que serve de parâmetro às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) quanto à taxa básica de juros (Selic).
Em contraste, as estimativas para 2026 e 2027 foram mantidas em 3,6% e 3,5%, respectivamente.
Enquanto as 'apostas' para a inflação avançam firme, aquelas em relação ao PIB em 2024 estacionaram em 2,09%, assim como continuaram em 2% para 2025, 2026 e 2027.
À semelhança do marasmo econômico, o Focus manteve, como na semana anterior, a Selic em 10,5% ao ano para este ano, e em 9,50% ao ano, para o próximo. Para 2026 e 2027, esta continuou em 9% ao ano.
Cotado hoje a R$ 5,66, a projeção do dólar para o final de 2024 foi ampliada de R$ 5,15 para R$ 5,20 em 2024, e de R$ 5,15 para R$ 5,19, para o ano que vem.
'Imexível' em -0,70 do PIB ficou a previsão do resultado primário para este ano, enquanto esta se agravou, de -0,60% do PIB para -0,64% do PIB, para 2025; de -0,50% do PIB, para 2026, e de -0,45% do PIB para -0,50% do PIB para 2027. Já a dívida pública para 2024 subiu de 63,68% do PIB para 63,70% do PIB, mas recuou, de 66,50% do PIB para 66,40% do PIB em 2025.
A exemplo de semanas anteriores, o prognóstico de superávit da balança comercial caiu de US$ 81,78 bilhões para US$ 81,55 bilhões, mas cresceu de US$ 76,01 bilhões para US$ 76,02 bilhões para 2025.
Para 2026, houve avanço de US$ 77,64 bilhões para US$ 77,82 bilhões, e de US$ 77,0 bilhões para US$ 78,50 bilhões, para 2027.