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Indústria interrompe avanço e apresenta recuo em maio

Por Marcello Sigwalt

Após um processo de meses de recuperação, a indústria de transformação nacional apresentou queda de cinco, de seus seis indicadores, em maio último, apontou a pesquisa 'Indicadores Industriais', da Confederação Nacional da Indústria (CNI),

Com exceção do indicador de emprego - que permaneceu estável - houve recuo em horas trabalhadas na produção, faturamento real, rendimento médio, massa salarial e nível de utilização da capacidade instalada.

De acordo com a economista da CNI, Larissa Nocko, "além da pesquisa apresentar as consequências das enchentes no Rio Grande do Sul em maio, a queda dos indicadores em maio também foi influenciada pelo recuo do setor automotivo, que passou por greves de trabalhadores e interrupção da produção em outras regiões do país no mesmo período".

Em que pese a retração de maio, o setor ainda apresenta situação melhor, ante igual período do ano passado. No mesmo sentido, apesar do declínio, os indicadores faturamento e horas trabalhadas se mantêm positivos, no acumulado do ano.

No faturamento real, ainda que este tenha recuado 3,8%, na passagem de abril para maio (livre de efeitos sazonais), no comparativo anual do acumulado de janeiro a maio mostra uma alta de 1,2%.

De igual forma, a despeito da redução de 2,3% em maio, o número de horas trabalhadas cresceu 2,6%, o comparativo anual.

Em situação similar, a massa salarial recuou 1,5% em maio, mas subiu 4,4%, no comparativo anual. Embora tenha baixado 1,2% em maio, o rendimento médio dos trabalhadores subiu 2,9%, no comparativo anual dos cinco primeiros meses do ano.

Por fim, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu 0,4 ponto percentual em maio, ante a abril (78,7%), e recuo de 0,1 ponto percentual, no comparativo anual.