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Maioria dos brasileiros não pode investir

Mais da metade dos brasileiros admite que 'não sobra dinheiro no fim do mês para aplicar'. É o que aponta a pesquisa Mercado Pago, encomendada ao Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), com o objetivo de 'entender melhor a relação do brasileiro com o dinheiro, durante o período que marca os 30 anos do Plano Real'.

Ao concluir que 54% dos entrevistados admitem estar nessa situação de insolvência, todos os meses, o estudo mostra que 21% dos que não investem ainda estão se planejando para começar a aplicar seus recursos. Outros 15% afirmam 'não saber por onde começar'; 12% consideram a tarefa de investir complicada/difícil e outros 7% dizem não dispor de tempo.

No que se refere ao quesito "possibilidade de investimento no mês, conforme a renda e a média de gastos", 15% dos consultados reconhecem que "não conseguem investir nada"; 20,1% não conseguem aplicar até R$ 50; outros 24,9% admitem separar até R$ 100; 16%, até R$ 500; 8,5% até R$ 1 mil; 5,2% até R$ 2 mil; 2,6% até R$ 5 mil; e 0,6% acima de R$ 5 mil.

No ranking de preferência das aplicações financeiras, a liderança cabe à poupança (45%), CDB (36%), saldo em conta com rendimento (29%), criptomoedas (21%), fundos de investimento (21%), Tesouro Direto (20%) e ações (20%).

Na avaliação do vice-presidente de banco digital do Mercado Pago no Brasil, Ignácio Estivariz, o Plano Real constituiu o 'primeiro passo' na jornada de inclusão financeira dos brasileiros mas, a partir de agora, com o avanço dessa trajetória, "as pessoas começam a entender melhor a importância de investir". (M.S.)