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Em todas as projeções, meta é superada

Em todas as projeções dos índices inflacionários, há ultrapassagem da meta oficial de inflação, fixada em 3% para os anos de 2024, 2025 e 2026. No paralelo, o boletim Focus elevou para 4,02% e 3,88%, as estimativas para 2024 e 2025, respectivamente.

No caso da elevação do leite, o gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida, justifica que "o o clima adverso na Região Sul e a entressafra contribuíram para uma menor oferta, por conta da queda na produção. Já a batata também teve oferta mais restrita, mas relacionada ao final da safra das águas e início da safra das secas, que ainda não chegou a um patamar elevado".

Em contrapartida, o grupo 'Transportes' exerceu impacto negativo no índice geral, ao deflacionar 0,19%, por sua vez, refletindo o recuo das passagens aéreas (-9,88%), óleo diesel (-0,64%) e gás veicular (-0,61%). No polo oposto, cresceram a gasolina ( 0,64%) e o etanol ( 0,34%)

Alternando 'subidas e descidas', os demais grupos variaram da seguinte forma: despesas pessoais (0,29%), habitação (0,25%), artigos de residência (0,19%), educação (0,06%), vestuário (0,02%) e comunicação (-0,08%).

Tipificado como 'vilã' dos índices inflacionários, a inflação dos serviços teve forte recuo, ao passar de elevação de 0,40% em maio, para 0,04% em junho. Ainda assim, esta acumula alta de 4,49% em 12 meses.

Em razão dos recentes reajustes dos combustíveis (gasolina e gás de cozinha) pela Petrobras, analistas reviram para cima suas projeções. Para a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo, sua previsão para o IPCA este ano avançou de 4,10% para 4,28%. (M.S.)