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Volume de serviços fica estável em maio

Por Marcello Sigwalt

De modo diverso do avanço de 1,2% apresentado pelo setor varejista em maio, neste mesmo mês, o volume de serviços prestados no país registrou estabilidade (garantida pelo consumo ascendente das famílias), no comparativo mensal, embora tenha avançado 0,8%, desempenho discreto, ante os 5,5% de alta exibidos em abril último, revelou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda assim, os serviços se situam 12,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 (pré-pandemia), mas 0,9% inferiores ao pico da série histórica, atingida em dezembro de 2022. Se considerado o acumulado do ano, o setor teve crescimento de 2%, no comparativo anual. Nos últimos 12 meses, porém, houve um 'freio' na atividade, que caiu de 1,6%, em abril, para 1,3%, em maio.

Em que pese a taxa nula de maio, o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, acentua ter havido 'disseminação' de taxas negativas, tanto em termos setoriais, quanto regionais, em que três das cinco atividades pesquisadas recuaram. Sobre o recuo de 1,6% do segmento de transportes, ele avalia que o desempenho foi "influenciado, principalmente, pela menor receita vinda do transporte aéreo, e, em seguida, do rodoviário coletivo de passageiros". No rol de quedas, figuram as atividades de informação e comunicação (-1,1%) e em outros serviços (-1,6%). Com altas de 5,3% e 4,5%, respectivamente, vinham com dois resultados positivos seguidos.

No campo contrário, uma das melhores performances foi a dos serviços prestados às famílias (3%), alavancados pelo setor dos restaurantes. Outro fator determinante do melhor momento dos serviços, segundo Lobo, está associado ao "Dia das Mães", data que amplia o fluxo de pessoas para comer fora de casa em reuniões familiares.

Após dois meses seguidos de avanço ( 2,4%), as atividades turísticas 'encolheram' 0,2% em maio, no comparativo mensal. O Rio Grande do Sul precisará de mais tempo para recuperar o volume de serviços no segmento do turismo, tombou 32,3% em maio.