Por força da retração em nove, dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional - divulgada, nessa sexta-feira (12), pelo IBGE - a produção industrial brasileira apresentou queda de 0,9% em maio ante abril, o que contribui para o recuo de 1%, no comparativo anual, e alta de 1,3%, se considerado o período dos últimos 12 meses (12 dos 18 locais avançaram).
Por estados, o viés declinante foi liderado pelo Rio Grande do Sul (-26,2%), por conta das enchentes de maio último, seguido, bem depois, pelo Espírito Santo (-10,2%).
Mais intensa já registrada na série histórica, a retração industrial no estado gaúcho ocorre após três meses de resultados positivos, que acumularam ganhos de 9,5%. A queda, neste caso, foi a maior, inclusive, que a registrada no início da pandemia (-20,5%).
Motivado pelas fortes enchentes, o desempenho adverso decorreu da queda verificada nos segmentos de: derivados do petróleo; produtos químicos; veículos automotores; alimentos; artefatos de couro, artigos para viagem e calçados; produtos do fumo; máquinas e equipamentos; produtos de metal; metalurgia; e bebidas. O Rio Grande do Sul representa 6,8% da indústria nacional.
O analista da PIM Regional, Bernardo Almeida aponta que "houve paralisação total ou parcial em diversas plantas industriais, além de muitas dificuldades de logística que prejudicaram a atividade industrial no Rio Grande do Sul", acrescentando: "Para se ter uma ideia, a indústria gaúcha está 34,5% abaixo do seu nível de produção mais alto, obtido em setembro de 2008, segundo pior patamar de produção da indústria no estado". (M.S.)