Sinal que de que a economia real vai bem, obrigado, o volume captado por empresas, no mercado de capitais tupiniquim cresceu 120% no primeiro semestre deste ano (1S24), atingindo o montante de R$ 337,9 bilhões, segundo divulgou, nessa quarta-feira (17), a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Em contraste com a 'decepção' do mercado de ações, tiveram desempenhos recordes as emissões de debêntures, de certificados de recebíveis agrícolas (CRA) e imobiliários (CRI) e dos fundos de recebíveis (FIDC) atingem volumes recordes no primeiro semestre.
O estudo da associação, mostrou, também, que a forma de captação majoritária no período analisado foi a renda fixa, que respondeu por 90% das operações entre janeiro e junho, totalizando R$ 305 bilhões.
Ao mesmo tempo, face à ausência de aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês) no país, desde agosto de 2021 (sem contar a escassez de ofertas de ações de empresas já listadas, até 2024), as captações no mercado de ações não passaram de R$ 4,9 bilhões no 1S24, volume bem inferior ao verificado em igual período do ano passado, quando chegou a R$ 13,5 bilhões, e mais ainda, para a primeira metade de 2022 (R$ 38 bilhões).
Enquanto as emissões de debêntures somaram R$ 206,7 bilhões no 1S24 (alta de 164%, no comparativo anual) as debêntures incentivadas - isentas do Imposto de Renda (IR), para financiamento de projetos de infraestrutura - a captação recorde somou R$ 64,4 bilhões no 1S24, ante R$ 12,7 bilhões, computados no primeiro semestre de 2023 (1S23). (M.S.)