O abandono do preço de paridade internacional (PPI), como indicador de alinhamento do petróleo ao mercado externo, pela Petrobras, em maio do ano passado, parece não ter sido suficiente para conter a escalada dos derivados da commodity, uma vez que a gasolina apresentou, em média, alta de 2% nos postos de combustíveis do país, que agora se aproxima do patamar de R$ 6 o litro, recorde para o período de um ano e meio do mandato petista.
De acordo com dados divulgados, nessa quinta-feira (18) pela Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do derivado, no período de 7 a 13 de julho, ficou no intervalo entre R$ 5,85 para R$ 5,97 o litro, maior valor médio registrado pela ANP no país desde julho de 2022 (R$ 6,05).
A majoração expressiva, por seu turno, reflete o reajuste de 7,1% no preço do combustível vendido pela petroleira às suas refinarias, anunciado pela estatal no último dia 9 deste mês. No cômputo do ano, o valor médio da gasolina nos postos acumula alta de 6,6%, também segundo a ANP.
No início do governo petista, em janeiro de 2023, o preço médio do litro da gasolina girava em torno de R$ 5,05, embora o maior valor do derivado tenha sido registrado pela ANP foi em maio de 2022, cujo litro chegou a R$ 7,28.
O gás de cozinha, por sua vez, foi reajustado em 9,6% às refinarias, o que corresponde a um impacto de 0,9% ao consumidor final.
Segundo a Abicom, a defasagem média da gasolina para o valor do similar, praticado no Golfo do México é de 6%, o que abriria margem para um aumento de R$ 0,18 por litro. (M.S.)