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Focus: após um ligeiro recuo, IPCA para 2024 volta a subir

Por Marcello Sigwalt

Após um brevíssimo recuo, a dura realidade se impôs. É o que apresentou a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do boletim Focus - consulta semanal do Banco Central às 100 maiores instituições financeiras nacionais, divulgada nessa segunda-feira (22) - para este ano, que voltou a subir, desta vez, de 4,0% para 4,05%, enquanto que para o chamado 'horizonte relevante', 2025, a estimativa foi mantida nos 3,90% anteriores. Para 2026 e 2027, o indicador continuou em 3,60% e em 3,50%, respectivamente.

A despeito da alta da carestia tupiniquim, o mercado financeiro continua 'apostando' no avanço da economia neste ano, cuja previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu de 2,11% para 2,15%, ao passo que aquela para o ano que vem recuou de 1,97% para 1,93%. Inalteradas em 2% permaneceram as expectativas, tanto para 2026, quanto para 2027.

A exemplo de semanas anteriores, o prognóstico para a Selic (taxa básica de juros) ficou 'imexível' em 10,50% ao ano para 2024; em 9,5% ao ano para 2025; em 9% ao ano para 2026 e 2027.

Em contraste com a Selic, o dólar avançou em todo o horizonte da pesquisa: de R$ 5,22 para R$ 5,30, este ano; de R$ 5,20 para R$ 5,23, no seguinte e de R$ 5,20 para R$ 5,23, em 2026. A única exceção ficou para 2027, primeiro ano do próximo governo, com cotação mantida em R$ 5,21.

Enquanto a moeda ianque dispara, a referência para as contas públicas, o resultado primário 'estacionou' em um déficit de 0,70% do PIB, pela quarta vez consecutiva; se agravou para 2025, de -0,66% do PIB para -0,67% do PIB, melhorou, passando de um déficit de 0,60% do PIB para outro de -0,55% do PIB; para 2027, o déficit de 0,50% do PIB para -0,41% do PIB. Já a dívida líquida do setor público para 2024 continuou nos mesmos 63,70% do PIB anteriores.