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Anúncio de cortes 'derruba' juros futuros

Altamente voláteis, ante bravatas e declarações políticas, as taxas futuras de juros exibiram viés de queda, na sessão dessa segunda-feira (22), como reflexo da sinalização palaciana tupiniquim, em favor dos cortes orçamentários (ou 'congelamento' de gastos federais), ainda que insuficientes para zerar o déficit fiscal, apontam analistas.

Também contribuiu para tal performance, no front externo, a melhora do ambiente global para ativos emergentes, além da alta dos rendimentos dos Treasuries (papéis do Tesouro dos EUA).

Como resultante, no fim da tarde desse início de semana, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 - indicador dos rumos da política monetária no curtíssimo prazo - caiu de 10,679%, na sexta-feira passada (19), para 10,655%; de 11,439%, no ajuste anterior, para 11,39%, na taxa DI para janeiro de 2026; enquanto, na '´ponta mais longa', a taxa DI para janeiro de 2027, a taxa avançou de 11,63% para 11,696%.

Ao mesmo tempo, contratos mais longos, como a taxa para janeiro de 2031, houve queda de 12,112% para 12,01%, ante 12,112%, mas subiu de 12.02% para 12,126%, no contrato para janeiro de 2033.

Também impactou Para o economista-chefe do banco Bmg, Flavio Serrano, "o mercado doméstico descolou (do exterior). (Ele) não aliviou tanto na sexta, com a antecipação dos cortes, e hoje está melhorando".

No que toca à Selic, o fechamento a curva dos juros precificava 89% de chances de manutenção da taxa básica em 10,50% ao ano no fim de julho corrente e 11% de chance de alta de 25 pontos-base, para 85% e 15%, respectivamente, na última sexta. (M.S.)