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Déficit corrente dá 'salto' de 2.197%

O balanço de pagamentos do país apresentou, em junho último, déficit corrente de US$ 4 bilhões, o que representa um 'salto' de 2.197%, em comparação com o de igual mês do ano passado, que não passou de um saldo negativo de R$ 182 milhões.

No mesmo comparativo anual, o saldo comercial caiu US$ 3,33 bilhões e os déficits em serviços e renda primária cresceram US$ 399 milhões e US$ 46 milhões, respectivamente. Estes dados integram as 'Estatísticas do Setor Externo', divulgadas, nessa quinta-feira (25), pelo Banco Central (BC).

O estudo também mostrou que o déficit em transações correntes, referente aos 12 meses contados até o mês passado, totalizou US$ 31,5 bilhões (1,41% do PIB), acima dos US$ 27,6 bilhões (1,23% do PIB) de maio, mas abaixo dos US$39,3 bilhões (1,93% do PIB), verificados em junho de 2023.

No mesmo comparativo anualizado, o superávit da renda secundária teve redução de US$ 148 milhões, ao passo que a balança comercial de bens acusou superávit de US$ 6 bilhões em junho, inferior, portanto, aos US$ 9,3 bilhões, de igual mês de 2023.

Os investimentos diretos no país (IDP), em junho tiveram ingressos líquidos de US$ 6,3 bilhões, ante os US$ 2,0 bilhões, de igual mês de 2023. Os ingressos líquidos em participação no capital no mês passado somaram US$ 4,3 bilhões - US$ 2,1 bilhões de participação no capital e US$2,2 bilhões em lucros reinvestidos.

As reservas internacionais, por sua vez, chegaram a US$ 357,8 bilhões, um acréscimo de US$ 2,3 bilhões, devido à variação de preços (US$ 1,8 bilhão) e da receita de juros (US$ 716 milhões). (M.S.)