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Dívida bruta sobe para 77,84% do PIB

Referência para o equilíbrio fiscal, o déficit primário do setor público consolidado apresentou recuo moderado, de R$ 48,9 bilhões, em junho de 2023, para R$ 40,9 bilhões, em igual mês deste ano, em que as contas do governo central (que incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) e das estatais foram deficitárias em R$ 40,2 bilhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente. Já os governos regionais apuram superávit de R$ 1,1 bilhão. Como resultante, o déficit público acumulado em 12 meses chegou a R$ 272,2 bilhões (2,44% do PIB), montante 0,08 ponto percentual abaixo do exibido em maio, pelo mesmo período.

Mas o dado que mais chamou a atenção foi o crescimento da dívida bruta do governo geral (DBGG), que atingiu o equivalente a 77,84% do PIB (Produto Interno Bruto) - o equivalente a R$ 8,562 trilhões - no mês passado, maior nível, desde novembro de 2021, quando bateu 78,20% do PIB, conforme admitiu o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, ao atribuir a elevação às emissões líquidas de dívida e dos juros nominais para o aumento, de 0,6 ponto porcentual do PIB cada, sem contar a desvalorização cambial de 6,1% em junho, que adicionou 0,3 ponto porcentual do PIB à DBGG no mês.

De acordo com dados das Estatísticas Fiscais, divulgados, nessa segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC), os juros nominais do setor público não financeiro consolidado (apropriados por critério de competência) totalizaram R$ 94,9 bilhões em junho, mais do que o dobro do registrado em igual mês de 2023, que não passou de 40,7 bilhões. (M.S.)