Planalto 'mira' a refinaria da Amazônia

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Correndo contra o tempo, para fazer cumprir sua agenda estatizante, o Planalto agora mira outra refinaria já privatizada na gestão federal anterior. Após anunciar a intenção de recomprar a refinaria de Mataripe (BA) do grupo árabe Mubadala, a Petrobras admitiu estar 'avaliando' fazer o mesmo com relação à refinaria da Amazônia, alvo este que já estaria com 'negociações avançadas'.

A pretexto de 'garantir preços mais baixos' (dos combustíveis), o Executivo teria de desembolsar (do contribuinte, é claro) quantia superior (presume-se) aos US$ 257,2 milhões pagos, em dezembro de 2022, pelo grupo Atem ao então governo Bolsonaro pela refinaria amazonense. Consultada sobre essa nova 'pretensão', a petroleira silenciou. A medida contaria, ainda, com o apoio da Fup (Federação Única dos Petroleiros).

O argumento 'pró-reestatização' é que o grupo Atem, logo após adquirir a refinaria e fazer uma 'parada de manutenção', elevou o preço do gás de cozinha e passado a importar derivados de petróleo, que ficaram mais caros para o consumidor.

Já o Sindipetro-AM (Sindicato dos Petroleiros do Amazonas), afiliado à Fup, aponta que a refinaria tem servido como estrutura de apoio logístico para a distribuição de derivados importados.

"A Petrobras deve intervir e ver se a Atem quer se desfazer parceria ou vender, como está fazendo na Bahia. O povo do Norte sofre com isso", assinalou o coordenador-geral do Sindipetro-AM, Marcus Ribeiro. Hoje, a refinaria amazonense possui capacidade de processamento de 46 mil barris/dia, com atendimento preferencial do mercado da região Norte. (M.S.)