'Sem fôlego', serviços ficam estáveis

Por

Considerado o 'motor' do crescimento da economia brasileira nos últimos anos, os serviços dão sinais de 'perda de fôlego', a julgar pela estabilidade apresentada pelo Índice de Confiança de Serviços (ICS) em julho corrente, que variou 0,2 ponto, para 94,2 pontos, conforme divulgou, nessa terça-feira (30) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

Na avaliação do economista do Ibre/FGV, Stéfano Pacini, "o resultado de julho da sondagem ratifica o ano de perda de fôlego do setor com tendência de estabilidade na confiança. Apesar do resultado positivo em alojamento e alimentação, as expectativas esfriam nos demais setores, demonstrando cautela dos empresários quanto o futuro dos negócios".

Comércio avança

A despeito da 'pisada no freio' dos serviços, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) registrou alta de 0,6 ponto, para 90,9 pontos, na passagem de junho para julho, após amargar duas quedas consecutivas, assinalou o Ibre/FGV, nessa terça-feira (30).

Segundo a economista do Ibre, Geórgia Veloso, "a confiança do comércio apresenta um avanço discreto em julho, após duas quedas mais expressivas, em que a redução do pessimismo é observada, principalmente, nas expectativas para os próximos meses com forte alta do indicador sobre a tendência dos negócios, apesar do pessimismo persistente sobre as vendas previstas".

Tal contradição refletiria a incerteza dos empresários quanto à retomada do setor, em que pese o nível elevado de endividamento e das taxas de juros. (M.S.)