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Cai endividamento familiar em julho

Pela primeira vez, desde fevereiro deste ano, o endividamento das famílias brasileiras apresentou queda, ao recuar 0,3 ponto percentual (p.p.), de 78,5% em julho último, ante 78,8%, no mês anterior. Ainda assim, o novo percentual continua superior ao registrado em julho do ano passado, quando chegou a 78,1%.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ao apontar que o cartão de crédito continua a figurar como principal modalidade de dívida, ao responder por 86% dos devedores, seguido, bem atrás, pelo financiamento imobiliário, com 9,1%.

Ao considerar que o endividamento, em si, não é 'necessariamente um problema', pois 'as dívidas podem refletir um maior acesso a recursos e movimentar o comércio', o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, entende que "a preocupação começa quando o consumidor perde a capacidade de pagar as dívidas em dia".

Já a proporção de famílias sem condições de arcar com seus débitos apresentou estabilidade no mês passado, ante junho, no patamar de 28,8%, mas queda de 0,8 p.p., no comparativo anual.

Para o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, os dados mostram melhora nas finanças familiares, pela quinta queda seguida de comprometimento da renda familiar, para o patamar de 29,6%, em julho.

A inadimplência, por sua vez, aumentou 0,3 p.p. (36,8%) para famílias com renda até três salários mínimos, e 0,9 p.p. (27,1%) na de três a cinco salários mínimos. (M.S.)