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Reação gaúcha garante salto da produção industrial do país

Por Marcello Sigwalt

A recuperação econômica do Rio Grande do Sul fez a diferença para que a produção industrial do país desse um 'salto' de 4,1% em junho último, o que deverá impactar positivamente as projeções do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre do ano (2T24).

É o que admitem economistas, ao atribuir grande parte do resultado favorável ao desempenho da manufatura dos bens de consumo - que cresceu quase 7%, no comparativo mensal e 2,3% no trimestral, sob o impulso da criação de emprego e ampliação da renda.

De igual forma, o avanço da produção de bens de capital contribuiu para reforça a perspectiva da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador do nível de investimento no país - no curto prazo.

Devido à retomada industrial, o XP Tracker reviu para cima a expectativa de crescimento do PIB no 2T24, que passou de 0,6% para 0,7%, enquanto a estimativa para o PIB deste ano passou a ser de 2,2%, com viés de alta.

Inversão total do PIB, observou a economista-chefe da Galápagos Capital, Tatiana Pinheiro, para quem o forte resultado de junho foi o suficiente para inverter o sinal do PIB, do primeiro para o segundo trimestres do ano, de uma variação negativa de 0,7%, para outra positiva, de mesmo percentual.

"Agora o setor da Industria indica crescimento do PIB no 2° trimestre, suportando a sinalização dada pelo IBC-Br. O destaque é para os setores intermediários, que possuem maior peso na pesquisa, o que indica alguma recuperação da demanda industrial e do consumo", analisa Tatiana.

Uma pronta recuperação dos impactos da calamidade climática gaúcha. É o classifica o economista do PicPay, Igor Cadilhac,a retomada indústrial, ao destacar a alta de alta de 4,5% da indústria extrativa, que somando 5,8% em dois meses, recuperando perdas acumuladas, desde o início do ano.