Por Marcello Sigwalt
Após passar por um 'funil' conservador, na transição de julho para agosto, das 23 criptos pesquisadas pelo site Valor Investe, somente três subiram ao 'pódio' das preferências do investidor neste mês: são elas o icônico Bitcoin (BTC), seu eterno rival ethereum (ETH) e do novato 'emergente' Solana (SOL).
Na 'segunda fila' das atrações digitais, vêm as alternativas Stacks(STX), Maker (MKR) e Toncoin (TON).
Concorrente direta da Ethereum, a rede blockchains Solana se insere no contexto do ecossistema de desenvolvimento de aplicações em finanças descentralizadas (DeFi), considerados 'contratos inteligentes' (smart contracts) - aplicativos individualizados e autoexecutáveis - que incluem todas as condições de uma transação financeira, a exemplo de empréstimos e aquisição de bens.
Para o chefe de ativos digitais da Empiricus Research, "o diferencial de Solana está na maneira como a rede valida os dados, oferecendo velocidade de execução e custos de transação significativamente inferiores quando comparados aos de seus concorrentes".
O bitcoin, por sua vez, está mais ligado ao chamado 'mercado tradicional' (em especial, o S&P 500, índice da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), e ao Nasdaq, das empresas de tecnologia), o que deve favorecer essa cripto pela iminente queda dos juros nos EUA, prevista para setembro.
Segunda maior criptomoeda, em valor de mercado, o ethereum ganhou impulso, após negociações de seus ETFs no mercado ianque. Hoje há nove ETFs de grandes gestoras globais no mercado tradicional, como BlackRock, Franklin Templeton e VanEck. Tais criptos foram negociados, no dia 23 de julho último, na bolsa de Nova York e na CBOE, de Chicago.
O gestor de diretor de investimentos da QR Asset, Theodoro Fleury, observa que "no final de julho", se excluirmos o fluxo específico do ETF da Grayscale, o somatório dos outros produtos começa a dar sinais de melhora, e com isso podemos ter uma performance relativa interessante do ethereum na comparação com mercado cripto como um todo".
