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Focus projeta avanço do IPCA para 2024, pela 4ª vez seguida

Por Marcello Sigwalt

Em completa sintonia com os demais indicadores da carestia pátria, a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano aumentou, pela quarta vez seguida, de 4,12% para 4,20%, pelo boletim Focus do Banco Central (BC), nessa segunda-feira (12).

A previsão se aproxima do 'teto' da meta de inflação para este ano (4,5%), fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o que dá 'munição' ao BC para aplicar nova alta da Selic, na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

Para 2025, porém, a expectativa da 'banca' recuou discretamente, de 3,98% para 3,97%. Como há dez semanas, a previsão do indicador de inflação para 2026 foi mantida em 3,6%, e em 3,50%, há 58 semanas, para o ano seguinte.

Em contraste ao avanço dos preços, a expectativa em relação à economia este ano 'empacou' em 2,2)% do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e paralisou em 1,92%, no ano que vem; estável em 2% para 2026 e no mesmo percentual, há 55 semanas, para 2027.

Já a Selic (taxa básica de juros) para este ano ficou 'imexível' nos 10,50% ao ano, anteriores; em 9,75% ao ano para 2025; e em 9% ao ano para 2026 e 2027.

'Termômetro' das contas nacionais, o resultado primário para 2024 teve ligeira queda, de um déficit de 0,70% do PIB para 0,69% do PIB; mas continuou em -0,70% do PIB para 2025.

O Focus elevou a previsão de superávit comercial de 2024, de US$ 82 bilhões para US$ 82,44 bilhões, mas baixou de US$ 78,00 bilhões para US$ 77,15 bilhões, para 2025.

O investimento estrangeiro direto (IED) subiu pouco na projeção do Focus para 2024, de US$ 69,6 bilhões para US$ 69,8 bilhões.