Em rota de recuperação, após dois meses seguidos de queda, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou 1,6 ponto em agosto corrente, o que permitiu ao indicador sair do estado de neutralidade para o de confiança, ao atingir 51,7 pontos, apontou, nessa segunda-feira (12), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a despeito da preocupação recorrente com relação à suspensão dos cortes da Selic (taxa básica de juros), como também quanto à tendência de desvalorização cambial.
Para a economista da CNI, Larissa Nocko, "o aumento recente da produção industrial, do emprego na indústria e do faturamento são fatores que podem ter influenciado positivamente a avaliação das condições atuais por parte dos empresários, mas é preciso ter moderação na leitura desse resultado positivo. Embora seja uma recuperação em relação a julho, o índice se encontra abaixo da média histórica e abaixo do patamar registrado nos meses de agosto desde 2017".
Entre os componentes do ICEI, o Índice de Condições Atuais cresceu 2,8 pontos, indo de 44,4 pontos para 47,2 ponto, sob influência da expansão de 2,6 pontos do subcomponente das condições atuais da empresa, como também das condições atuais da economia brasileira, que subiu de 37,6 pontos para 40,6 pontos.
Já na margem que pressupõe confiança, o Índice de Expectativa passou de 52,9 pontos para 53,9 pontos, na passagem de julho a agosto, como reflexo do maior otimismo do empresariado em relação aos próximos seis meses, quanto ao desempenho das empresas, em contraste com o pessimismo no que se refere à economia nacional.
