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Forte alta do IBC-Br projeta novo avanço do PIB em 2024

Por Marcello Sigwalt

A surpreendente alta de 1,37% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em junho, no comparativo mensal, fez com que o mercado revisse suas estimativas em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, que passou de 2,2% para 2,4%,

Como fator responsável pelo desempenho positivo do índice, o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Daniel Xavier destaca o consumo crescente do setor de serviços, do crescimento da produção industrial, mercado de trabalho aquecido e aumentos da renda e da massa salarial. "Tivemos um crescimento disseminado e os vetores que podiam trazer o PIB para baixo não se materializaram", completa.

Em paralelo com a expectativa de melhora econômica, Xavier igualmente trabalha com a possibilidade de elevação da Selic, já neste ano, quando esta deverá passar dos atuais 10,50% ao ano para 11,25% ao ano, já aumentando, de 9,0% ao ano para 9,75% ao ano, em 2025.

De modo semelhante, o Santander Brasil reviu, de 2% para 2,3% sua estimativa para o PIB deste ano, após projetar crescimento de 0,7% no segundo trimestre (2T24). A economista-chefe do banco, Ana Paula Vescovi assinala que "esperamos agora uma dinâmica de curto prazo ainda mais forte, à medida que o mercado de trabalho permanece robusto e as enchentes no Rio Grande do Sul tiveram um impacto menor na atividade econômica do que prevíamos".

Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, o PIB passou de 0,8% para 1,2% do PIB no segundo trimestre deste ano (2T24). Sua previsão para este ano igualmente cresceu de 2% para 2,4%.