Por Marcello Sigwalt
Pela quinta vez consecutiva, o boletim Focus - divulgado, nessa segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC) - elevou a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano, agora 'inflado' de 4,20% para 4,22%, o que torna ainda mais 'factível' o estouro da meta de inflação, cujo teto de 4,5% já havia sido atingido na semana anterior.
Para o ano que vem, o índice projetado pelo Focus retraiu de 3,97% para 3,91%, mas manteve nos mesmos 3,6% (há 11 semanas) e 3,5% (há 59 semanas), a estimativa para 2026 e 2027, respectivamente.
A expectativa da 'banca' em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) de 2024 também cresceu, passando de 2,20% para 2,23%, em contraponto à do próximo ano, que caiu de 1,92% para 1,89%. Para 2026 e 2027, porém, a 'aposta' continuou em 2%.
Mesmo que analistas admitam nova elevação da Selic em breve, a taxa básica de juros, ao menos para o Focus, deverá encerrar o ano em 10,50% ao ano (como há nove semanas), mas esta subiu, de 9,75% ao ano para 10% ao ano, em relação a 2025. Para 2026 e 2027, a taxa continuou em 9% ao ano. Após se manter estável por três semanas, a mediana de projeções para o dólar para este ano aumentou de R$ 5,30 para R$ 5,31.
A previsão do resultado primário para 2024 caiu de um déficit de 0,69% do PIB para outro, de 0,70% do PIB. Para o ano que vem, foi mantido o déficit de 0,70% do PIB.
Enquanto a previsão para o superávit da balança comercial neste ano foi mantida em US$ 82,4 bilhões e aquela para 2025 cresceu de US$ 77,2 bilhões para US$ 78,5 bilhões, o investimento estrangeiro direto no país (IDP) subiu de US$ 69,8 bilhões para US$ 70 bilhões, mas continuou em US$ 71,2 bilhões para o ano que vem.
