Por Marcello Sigwalt
Estabilidade. É o que se pode depreender do comportamento do Índice de Confiança da Indústria (ICI), que se manteve em 101,7 pontos em agosto, após registrar quatro altas consecutivas. Pelo critério de médias móveis trimestrais, o indicador avançou 1,2 ponto, indo a 100,6 pontos.
Na avaliação do economista do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro da Economia, da Fundação Getúlio Vargas), Stéfano Pacini, "após a quarta melhora consecutiva, a confiança da indústria registra estabilidade em agosto. O resultado possui uma característica de compensação após um período de seguidas melhoras na demanda e redução dos estoques.
Apesar da interrupção do ciclo de altas, o empresário do setor segue com perspectivas positivas relacionadas ao ambiente de negócios para o fim do ano. No cenário macroeconômico, apesar do fim do ciclo de quedas na taxa de juros, os indicadores de trabalho e renda continuam positivos e contribuem com o otimismo espalhados entre os segmentos, porém acende um alerta para uma possível pressão de custos".
Em que pese o viés estável recente, em 11 dos 19 segmentos industriais houve avanço da confiança, o que reflete a 'relativa estabilidade' nas avaliações, seja sobre a situação atual, como também nas expectativas em relação aos próximos meses. Neste aspecto, o Índice Situação Atual (ISA) 'encolheu' -0,1 ponto (103,6 pontos); o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,1 ponto (99,8 pontos), considerado o maior patamar desde novembro de 2021 (100,7 pontos).
Levando em conta os integrantes do ISA, a maior queda ocorreu no indicador relativo ao nível de demanda, que caiu 1,7 ponto (103,8 pontos), após quatro elevações seguidas. Em menor intensidade, o nível de estoque retraiu 0,5 ponto neste mês (96,7 pontos), depois de acumular três altas consecutivas.
A situação dos negócios cresceu 1,8 ponto (103,4 pontos).
Para os próximos seis meses, houve avanço de 1,5 ponto (101,1 pontos) dos quesitos que medem a tendência dos negócios, sexta alta seguida, com alta de 13,2 pontos.
