Viés de alta da Selic derruba futuros

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Um misto 'recheado' por apetite global pelo risco, acrescido do aumento da 'confiança' no Banco Central (BC), como reflexo das declarações, da véspera, do diretor de Política Monetária da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, no sentido de que "estaria na mesa" do Comitê de Política Monetária (Copom) a elevação da Selic (taxa básica de juros), face ao avanço da inflação.

Com base nessa 'receita macroeconômica', as taxas de juros futuros exibiram viés de queda, na sessão dessa terça-feira (13), em especial, aquelas da chamada 'ponta longa', em decorrência da menor aversão planetária ao risco, 'turbinada' por dados da inflação no atacado nos EUA, abaixo do esperado pelo mercado, o que reforça as 'apostas' de que o Federal Reserve (Fed) deverá promover, em breve, um corte dos juros ianques. O refluxo das taxas futuras também foi reforçado pela queda do dólar, que fechou cotado a R$ 5,45.

Como resultante, no fechamento da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro e 2025 recuou de 10,748%, nessa segunda-feira (12), para 10,730%; o DI para janeiro de 2026 baixava de 11,54% para 11,38%; o DI para janeiro de 2027 baixou de 11,54% para 11,33% e o DI para 2029, caía de 11,59% para 11,40%.

O economista-chefe da Reag Investimentos, Marcelo Fonseca atribui à "uma combinação do ambiente externo, dado o encaminhamento do corte de juros pelo Fed, com a redução dos ruídos locais", ao considerar importante para a redução dos níveis de inclinação da sinalização recente do Banco Central, que, diz Fonseca, "está avisando que vai subir juros em setembro". (M.S.)