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PIB do país no segundo trimestre (2T24) sobe 1,4%

Por Marcello Sigwalt

Para surpresa de muitos analistas, que esperavam um resultado mais acanhado, o PIB (Produto Interno Bruto) do país avançou 1,4% no segundo trimestre do ano, ante o anterior (2T24/1T24), como reflexo das altas 'decisivas' dos serviços e da indústria, que subiram 1% e 1,8%, respectivamente, divulgou, nessa terça-feira (3), o IBGE. Em contraste, o antes 'carro-chefe' da economia, a agropecuária amargou um recuo de 2,3%, no comparativo trimestral.

Para o resultado favorável também contribuíram elevações de três componentes, como o consumo das famílias e o consumo do governo, ambos com expansão de 1,3%, no comparativo citado, assim como pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - referência para o nível de investimento no país - que cresceu 2,1%. Se considerado em valores correntes, o PIB totalizou no 2T24 um montante de R$ 2,9 trilhões.

Na avaliação da coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, "com o fim do protagonismo da Agropecuária, a Indústria se destacou nesse trimestre, em especial na Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e na Construção".

Sob a ótica da demanda interna, a análise do PIB permite observar que os três componentes (Consumo das Famílias e do Governo e a Formação Bruta de Capital Fixo) avançaram, mediante o conjunto de fatores, como melhores condições do mercado de trabalho, juros mais baixos e maior disponibilidade de crédito à população, entre outros.

Além das variáveis mencionadas, a Rebeca destaca os componentes de demanda, "a alta dos investimentos, beneficiados pelo crescimento da importação e a produção nacional de bens de capital, o desempenho da construção e, também, o desenvolvimento de software. Já o setor externo tem contribuído negativamente para a economia".