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Safra de 2024 deverá ser 6,2% inferior

Como esperado, a estimativa de agosto da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deste ano deverá apresentar uma queda de 6,2%, ante aquela registrada em 2023, totalizando 296,4 milhões de toneladas. Em relação à previsão de julho, a previsão registrou recuo de 0,6%, mediante perda de 1,7 milhão de toneladas. Os dados foram divulgados, nessa quinta-feira (12), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em contrapartida, a área a ser colhida em 2024 deve crescer 0,9%, perfazendo 78,6 milhões de hectares, volume 736.017 hectares superior ao do ano passado. No comparativo mensal, houve estabilidade, com avanço de 8.807 hectares (0,0%).

O gerente de agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes analisa que "a safra 2024 apresentou uma série de dificuldades desde a sua implantação. Houve falta de chuvas para a produção de soja e milho, e depois excesso de chuvas, culminando com as enchentes do Rio Grande do Sul. Tudo isso afetou a safra desse ano. É uma safra 6% menor do que a do ano passado, o que representa 19 milhões de toneladas a menos. Para esse mês, três culturas influenciaram nessa redução. O milho de primeira safra caiu 1,6%, o milho de segunda reduziu caiu 0,6%; e trigo diminuiu 5,4%, o que representa 511 mil toneladas a menos".

No caso do trigo, embora a expectativa seja de uma safra 16% maior que a de 2023, o clima adverso colapsou as lavouras e reduziu drasticamente a produtividade e a qualidade do cereal. Para Guedes completa que se trata de uma cultura sujeita a reavaliações até dezembro ainda, quando termina a colheita no Rio Grande do Sul.