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Crescimento do varejo é o mais equilibrado do país

Por Marcello Sigwalt

Mais equilibrado e homogêneo que os demais setores econômicos, ao longo do ano, o crescimento do varejo tem sido impulsionado pelo avanço de renda das famílias e da concessão de crédito (leia-se, empréstimos e financiamentos) no país. É o que aponta a análise de economistas, a respeito do comportamento da economia, deste o início de 2024.

No detalhe de tal performance, a economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), Geórgia Veloso, destaca o desempenho mais favorável dos segmentos mais associados à renda, embora ela admita, também, que aqueles atrelados ao crédito também mereçam registro. "Assim, começamos a observar resultados ligeiramente mais homogêneos no varejo", admitiu. Entre os 'impulsionadores' do avanço varejista, ganham destaque o avanço dos salários e da ocupação, bem como programas de transferência de renda, que influem diretamente na capacidade de aquisição de itens básicos, como alimentos e remédios, por parte das famílias.

O gerente da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, Cristiano Santos entende que o setor tem como "carros-chefes, os hiper e supermercados e os artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria, que funcionam como âncoras, como aconteceu em 2023. Mas, em 2024, há uma distribuição mais positiva, a maioria das atividades cresce".

Outro destaque para o resultado geral, o segmento de veículos, motos, partes e peças acumula alta de 13,4% nos primeiros sete meses do ano, como reflexo das medidas que facilitaram o crédito à Pessoa Física para aquisição de veículos, com avanço anual de 33% nas concessões, em igual período, e de 18% em 12 meses, estima o economista da MCM Consultores, Caio Napoleão.