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Petrobras garante, de novo, alta da bolsa

Em que pese a expectativa crescente do mercado quanto à definição dos juros básicos (Selic) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (18) próxima, o avanço dos papéis da Petrobras forneceu a senha para a alta de 0,17% (a 135.118 pontos) do Ibovespa, na sessão dessa segunda-feira (16), mesmo ante às fortes perdas apuradas pela Embraer.

No paralelo, o dólar fechou em queda firme de 1,01%, aos R$ 5,509, com investidores à espera das decisões de juros do Brasil e dos Estados Unidos. A moeda enfrentou uma sessão de desvalorização global diante da expectativa pelo início do ciclo de afrouxamento monetário pelo Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), em movimento amplamente aguardado pelo mercado.

A semana reserva a chamada "super quarta", dia em que o BC (Banco Central) brasileiro e o Fed decidirão sobre juros. Ambas as reuniões terão início já na terça-feira, 17 de setembro.

A expectativa é oposta nos dois países. Por aqui, economistas esperam que o Copom (Comitê de Política Monetária) eleve a Selic para 10,75%, um aumento de 0,25 ponto percentual.

Já nos EUA, a projeção é de corte na taxa, ainda que não haja consenso entre os operadores sobre o tamanho e o prazo do afrouxamento monetário.

Diante de dados de inflação acima do esperado e números benignos no mercado de trabalho, o cenário mudou de figura de lá para cá.

Após Bill Dudley, ex-presidente do Fed de Nova York, declarar que via fortes argumentos para um corte maior e veículos de imprensa chamarem a decisão de "apertada", agentes financeiros admitir uma redução de 0,50 ponto percentual no páreo.

Agora, o afrouxamento menor tem 37% de probabilidade, enquanto o maior tem 63%, segundo a ferramenta FedWatch. Desde que o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a hora de reduzir os juros havia chegado, a dúvida sobre o ritmo dos cortes ditou o comportamento dos mercados. A taxa americana está na faixa de 5,25% e 5,50% desde julho do ano passado, o patamar mais restritivo em duas décadas.