Focus eleva projeção do IPCA pela 7ª vez seguida

Previsão do mercado para 2024 aumentou, de 4,25% para 4,26%

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Por Marcello Sigwalt

Pela sétima vez seguida, o boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras nacionais - elevou a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desta vez de 4,25% para 4,26%

Tal patamar, a um tempo que se distancia ainda mais do centro da meta (3%), se aproxima muito de seu teto, fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em 4,5%.

Para 2025, o chamado 'horizonte relevante' para a gestão monetária, a previsão apresentou recuo, indo de 3,93% para 3,92%, enquanto esta permaneceu estável em 3,60% para 2026.

No que toca às estimativas do custo do dinheiro, o boletim trabalha com a possibilidade de a taxa básica de juros (Selic) chegar ao fim do ano nos 10,50% ao ano atuais, o mesmo valendo para a aposta anterior, de 10% ao ano para 2025, quando devem ocorrer cortes de juros.

A exemplo do que aponta a maioria dos indicadores econômicos, a banca elevou, de 2,43% para 2,46% a projeção de crescimento do PIB para este ano, mas recuou, de 1,86% para 1,85% para o ano seguinte.

No plano cambial, cresceu a expectativa do mercado financeiro, que agora espera que o dólar chegue ao final do ano, cotado a R$ 5,33 e não mais a R$ 5,32. Para o ano que vem, a previsão continuou nos mesmos R$ 5,30 anteriores.

Também estável ficou a estimativa para a balança comercial (exportações menos as importações), que permaneceu nos mesmos US$ 83,5 bilhões de superávit em 2024, mas caiu de US$ 79,5 bilhões para US$ 79 bilhões, para 2025.

Referencial de atratividade do mercado brasileiro, o volume de investimento estrangeiro direto no país para este ano cresceu, de US$ 70,3 bilhões para US$ 71 bilhões de ingresso, o mesmo para o ano seguinte, de US$ 72 bilhões para US$ 73 bilhões.