No longo prazo, expansão moderada

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Para o relatório da Opep, uma nova capacidade (de produção) próxima de 2,3 milhões de barris por dia está prevista para (ocorrer) no médio prazo", calcula a entidade, que mantém a expectativa de que, no longo prazo, a expansão da oferta de petróleo pelo Brasil seja 'moderada', "pois muitos dos principais recursos do pré-sal terão sido explorados".

Devido à desaceleração da produção de petróleo e de etanol no longo prazo, a Opep estima que a oferta total de combustíveis líquidos pelo Brasil deve subir de 5,1 milhões de barris por dia em 2029 para o pico ao redor de 5,5 milhões de barris por dia no final da década de 2030, somando 5,2 milhões de barris por dia em 2050.

Ao mesmo tempo, a Opep prevê o crescimento da demanda por fontes de energia, até a metade do século, exceção feita ao carvão mineral. "É esperado que a maior expansão virá de [fontes] renováveis, principalmente eólica e solar, com aumento próximo de 43 milhões de barris equivalente por dia, de 9,6 milhões de barris equivalente por dia em 2023 para 52,4 milhões de barris equivalente por dia em 2050". Nesse sentido, o relatório estima que a demanda por gás natural passe de 69,1 milhões de barris equivalente por dia em 2023 a 89,6 milhões de barris equivalente em 2050, enquanto a busca por energia nuclear saltará de 14,8 milhões de barris equivalente por dia para 24,3 milhões de barris equivalente por dia, e a biomassa subirá de 29,1 milhões de barris equivalente por dia para 37,4 milhões de barris equivalente por dia. A demanda por energia hidrelétrica crescerá de 7,6 milhões de barris equivalente/dia em 2023 para 11,6 milhões de barris equivalente/dia em 2050. (M.S.)