Por Marcello Sigwalt
Consolidando o número recorde de ocorrências, em 2024, o Banco Central (BC) comunicou, na última segunda-feira (30) vazamento de dados de 53.383 chaves Pix cadastradas na Qesh Instituição de Pagamento Ltda, embora ressalve, como em outras ocasiões, que, neste caso, não houve exposição dos chamados 'dados sensíveis', como senhas, informações de movimentação ou saldos financeiros ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário.
No comunicado ao mercado, a autoridade monetária explicou que "houve falhas pontuais em sistemas da instituição", mas ressaltou que "as informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras". Desta forma, os dados cadastros expostos das chaves Pix 'vazadas', dizem respeito a itens, como nome do usuário, CPF, instituição de relacionamento, agência, número e tipo da conta.
Como de praxe, o BC acentua que "as pessoas que tiveram seus dados cadastrais obtidos a partir do incidente serão notificadas exclusivamente por meio do aplicativo ou pela Internet banking de sua instituição de relacionamento", acrescentando que "nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagens, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail".
Ao cabo do informe, a instituição central esclarece ainda, que "mesmo não sendo exigido pela legislação vigente, por conta do baixo impacto potencial para os usuários, o BC decidiu comunicar o evento à sociedade, à vista do compromisso com a transparência que rege sua atuação", informou a autoridade monetária.
Em nota, a Qesh informa que "não houve qualquer comprometimento de dados de seus clientes e usuários do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), não ocorrendo o vazamento de saldos, movimentações financeiras e informações sigilosas das contas atingidas.
A empresa completa, "que o sistema de segurança da QESH tem múltiplas camadas de proteção, que é monitorado de forma contínua".
