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Mercado financeiro volta a elevar IPCA para este ano

Por Marcello Sigwalt

Após descrever pequeno 'pit stop' na semana anterior, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado pelo boletim Focus para 2024 - consulta semanal do BC às 100 maiores instituições financeiras - voltou a avançar, desta vez, de 4,37% para 4,38%. Já a estimativa para 2025 foi mantida nos 3,97% anteriores, assim como permaneceu em 3,60% para 2026 e em 3,5% para 2026.

Mais importante que a alta em si, pouco significativa, importa aqui destacar o viés ascendente do indicador inflacionário, uma vez que o aperto monetário deve aumentar, tendo em vista 'domar' a trajetória ascendente dos preços, mediante aquecimento do mercado de trabalho e a elevação da renda.

Mais sensível que os juros em escalada, a expectativa de crescimento da economia já exibe algum tipo de freio, uma vez que o PIB (Produto Interno Bruto) esperado para este ano 'estacionou' nos mesmo 3% anteriores. Pequena elevação, de 1,92% para 1,93%, mostrou a previsão do PIB para 2025, enquanto que para 2026, este continuou nos mesmos 2%, como há 61 semanas. Mesmo percentual foi mantido para 2027, como há 63 semanas.

Enquanto a inflação avança e a economia tupiniquim 'derrapa', a taxa básica de juros (Selic) esperada para 2024 continuou em 11,75% ao ano (a.a.), como na semana passada, o mesmo valendo para 2025 (10,75% a.a.); 2026 (9,50% a.a.) e 2027 (9,0% a.a.).

A exemplo da estabilidade da maioria dos indicadores, o resultado primário continuou no mesmo déficit de 0,60% do PIB anterior (pela 5ª semana seguida), em -0,73% do PIB para 2025, -0,67% do PIB em 2026 e -0,30% do PIB em 2027.