Superando a expectativa de analistas de mercado, a economia nacional cresceu 0,2% em agosto (já dessazonalizado), no comparativo mensal, de acordo o indicador IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do BC) - a prévia do PIB - o que atestaria um dado de 'resiliência', já demonstrado no primeiro semestre (1S24).
Já no comparativo anual, o indicador de atividade exibe alta expressiva, de 3,1% em agosto, e de 2,5%, no período dos últimos 12 meses. Após avançar firme na primeira metade do ano, o IBC-Br deverá 'perder força', no segundo semestre do ano (2S24).
Justamente pelo aquecimento econômico 'resiliente', o Banco Central (BC), de forma preventiva, elevou em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano a taxa básica de juros (Selic), com a perspectiva de que promova novas elevações nos próximos meses.
Revisão para cima
O desempenho 'pujante' da economia fez com que a autoridade monetária, inclusive, revisasse de 2,3% para 3,2% sua previsão para este ano, em alinhamento à estimativa da Fazenda, no mesmo patamar.
Também reforça a tendência ascendente da atividade o avanço da produção industrial, que subiu 0,1% em agosto, ante o mês anterior, embora as vendas do varejo tenham 'encolhido' 0,3%, e o volume de serviços tenha retraído 0,4% em agosto, em igual comparativo mensal.
O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção. Ou seja, abrange maior número de variáveis. (M.S.)
