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Risco fiscal mantém de alta de futuros

Os juros futuros desaceleraram o ritmo de alta nesta tarde, fechando perto dos ajustes de ontem, com o mercado dando sinais de algum cansaço no movimento de desmontagem de posições vendidas que prevaleceu em boa parte da sessão. O risco fiscal continuou comandando a dinâmica da curva, que hoje também esteve submetida à pressão vinda dos Treasuries, com dados da economia americana surpreendendo positivamente.

O leilão de prefixados do Tesouro foi considerado ruim, ainda que com demanda integral nos papéis mais longos, mas a taxas salgadas que chegaram a 13% nos vencimentos intermediários.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 12,65%, de 12,64% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 ficou em 12,80%, de 12,81%. O DI para janeiro de 2029 terminou a 12,84%, de 12,83%.

"O fiscal continua sentado no banco do motorista", ilustrou o economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel, para explicar o papel predominante que as preocupações com as contas públicas têm tido nestas últimas três sessões de alta das taxas.

Após o mercado ter ontem reagido mal ao projeto de exclusão das estatais do Orçamento encaminhado ao Congresso, o economista disse que as questões relativas ao fundo da aviação anunciadas hoje também pressionaram os DIs. "E, como um adicional, ainda tem o fato de que a curva de juros nos Estados Unidos também está apresentando abertura e aumento na inclinação, essencialmente relacionado à perspectiva de que a economia lá está mais forte", comentou.