Atestado de deterioração das contas externas do país, as transações correntes do balanço de pagamentos apresentaram déficit de US$ 6,5 bilhões em setembro de 2024, em contraste com o superávit de US$ 268 milhões, em igual mês do ano passado. No mesmo comparativo anual, o saldo comercial somou US$ 4,8 bilhões, ou US$ 3,7 bilhões abaixo do dado de 2023.
O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em setembro de 2024 somou US$ 45,8 bilhões (2,07% do PIB), ante US$ 39,0 bilhões (1,76% do PIB) no mês anterior e US$ 25,3 bilhões (1,20% do PIB) em setembro de 2023.
A balança comercial de bens foi superavitária em US$ 4,8 bilhões em setembro de 2024, ante saldo positivo de US$ 8,5 bilhões em setembro de 2023. As exportações de bens somaram US$ 29,0 bilhões no mês, aumento de 0,3% em relação a setembro do ano anterior. As importações de bens totalizaram US$ 24,2 bilhões, correspondendo a aumento de 18,4% na mesma base de comparação.
O déficit na conta de serviços totalizou US$ 5,0 bilhões no mês, ante déficit de US$ 3,5 bilhões em setembro de 2023, aumento de 44,4%. Na mesma base comparativa, cresceram as despesas líquidas de serviços de transportes, 49,5%, totalizando US$ 1,5 bilhão.
Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de US$ 5,2 bilhões em setembro de 2024, pouco acima dos US$ 5,1 bilhões ocorridos em setembro de 2023. Os ingressos líquidos em participação no capital atingiram US$ 3,7 bilhões, compreendendo US$ 1,5 bilhão em participação no capital exceto lucros reinvestidos e US$ 2,2 bilhões em lucros reinvestidos.