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Preços industriais avançam pelo oitavo mês seguido

Por Marcello Sigwalt

A despeito da 'perda de fôlego' no otimismo industrial, anunciada na véspera, os preços industriais tupiniquins registraram novo avanço, o oitavo seguido, ao exibirem alta de 0,66% em setembro, ante o mês anterior, conforme mediu o Índice de Preços ao Produtor (IPP), conforme divulgou, nessa quarta-feira (30), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Como resultante, o indicador agora acumula elevação de 6,06% em 12 meses e 5,51% no ano. Em setembro do ano passado, houve aumento de 1,06% no índice.

A tendência positiva pode ser constatada pelo fato de que 17 das 24 atividades industriais pesquisadas em setembro apresentarem variações positivas, se cotejadas ao mês anterior, a reboque do comportamento do indicador geral da indústria. Neste tópico, agosto mostrou performance ligeiramente melhor, em que 18 atividades tiveram preços médios superiores, no comparativo mensal.

Para o analista do IPP, Felipe Câmara, "o IPP em setembro dialoga com aquele cenário que vimos em agosto, não somente pelas taxas iguais de variação (0,66%), mas também pelo fato de a principal influência para o resultado ter vindo de bens de consumo não duráveis. Assim como no mês anterior, a fabricação de alimentos foi determinante para a variação positiva de preços na indústria geral. O açúcar VHP e a carne bovina se destacaram nesse movimento de alta de preços".

Entre os itens que responderam pela maior influência no resultado do IPP em setembro, se destacam: alimentos (0,90 p.p.), indústrias extrativas (-0,27 p.p.), refino de petróleo e biocombustíveis (-0,13 p.p.), e papel e celulose (-0,10 p.p.).

No que toca à variação percentual, as maiores contribuições correspoderam às indústrias extrativas (-5,85%), alimentos (3,70%), papel e celulose (-2,99%), e calçados e produtos de couro (-2,01%) foram os destaques em setembro.