Juros futuros firmam viés de baixa

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Os juros futuros se firmaram em baixa no meio da tarde desta segunda, 7, após passarem a manhã oscilando entre a estabilidade e viés de alta. A melhora não foi determinada por um fator específico, mas por ajustes técnicos relacionados aos prêmios de risco elevados, e se deu num ambiente de liquidez fraca. Alguns profissionais comentaram sobre a expectativa positiva para sabatina de Gabriel Galípolo amanhã no Senado.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 12,29%, de 12,39% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2027, em 12,33%, de 12,43% no último ajuste. O DI para janeiro de 2029 encerrou com taxa na mínima de 12,34% (de 12,46%).

Diante do cenário externo tenso em função do agravamento dos conflitos no Oriente Médio, que fez disparar os preços do petróleo, e do avanço dos juros dos Treasuries, a avaliação é de que a curva local esteve bem comportada nesta segunda-feira.

O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, afirma que os DIs já deveriam ter melhorado pela manhã, considerando o resultado das eleições municipais visto como positivo para os ativos domésticos. "Mas a alta dos juros dos Treasuries estava pesando", afirmou.

As taxas da T-Note de 2 e 10 anos perderam impulso à tarde mas seguiram acima de 4%, refletindo a percepção de que não deve haver disposição do Fed para manter cortes de juro na dose de 50 pontos-base nas reuniões restantes de 2024. Os preços do petróleo voltaram a disparar com nova ofensiva de Israel em Gaza e no Líbano, no domingo (6), e temor de contra-ataque do Irã.