Treasuries deixam futuros estáveis
Juros: fôlego de queda esfria com piora do câmbio e Treasuries e taxas ficam de lado
Os juros futuros fecharam a sessão perto da estabilidade. O mercado não teve fôlego para esticar o recuo das taxas, com o movimento de baixa esfriando já no início da tarde, em linha com a piora do câmbio e da curva dos Treasuries. Assim, passaram a oscilar ao redor dos ajustes de sexta-feira com viés de alta durante toda a segunda etapa, influenciados também por alguma cautela com a agenda pesada da semana.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 12,69%, estável ante o ajuste de sexta-feira. A do DI para janeiro de 2027, também estável, encerrou em 12,82%, e a do DI para janeiro de 2029, passou de 12,82% para 12,84%.
Os poucos drivers que o mercado teve na sessão se deram pela manhã, com o tombo dos preços do petróleo e a queda do dólar ante o real abrindo espaço para o mercado corrigir parte do avanço da sexta-feira (25).
A commodity acabou fechando em queda de 6%, com o mercado desarmando posições montadas, em caso de retaliação do Irã ao ataque de Israel, o que não aconteceu. "O mercado ficou preocupado e se armou ali no petróleo, no ouro, nos juros, no dólar. O Irã fez declaração de que não ia retaliar, mas não sei até que ponto isso pode se manter. O petróleo despencou e juros também vieram (para baixo)", afirma Beto Saadia, diretor de Investimento da Nomos. Segundo ele, a bandeira amarela "não pode ser tão comemorada", pois o "maior problema não é a questão só da energia elétrica, é dos alimentos", que pressionou o IPCA-15 de outubro.